Paradoxo - Também chamado oximoro, é figura de linguagem – mais particularmente, figura de pensamento – que consiste na associação de palavras de sentido mutuamente incompatível. Essa junção de idéias, em princípio, contraria o senso comum, mas pode conter alguma verdade e às vezes presta-se à ironia. Assim, temos paradoxo nas expressões “silêncio gritante”, “vozes caladas”, “exílio dourado”, “doce tirania”, “santa ignorância” e em frases como “Não li e não gostei” e “Dor – tu és um prazer! (Castro Alves)”. Guilherme de Almeida escreveu: “Mas nem sequer ouviste o que eu não disse”. De Zé Ramalho: “Sonham com melhores tempos idos” (Admirável gado novo). Veja mais este exemplo de belíssimo paradoxo: “Você tem todo tempo e mais um segundo pra se convencer” – [Samuel Rosa e Chico Amaral (Skank), Um segundo]. Ora, se você tem todo o tempo, o segundo adicional já está incluído nesse tempo. Camões compôs soneto que é primor de utilização do paradoxo. Para lê-lo, clique aqui.

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