Respostas a agradecimentos
Quando recebemos algum agradecimento, do tipo “obrigado”
ou “obrigada” – que significa “fico
obrigado/obrigada (devendo obrigação) a você
–, duas situações podem ocorrer:
- Achamos devida tal manifestação, mas, por
modéstia, respondemos de forma a fazer o interlocutor
sentir-se desobrigado.
- Reconhecemos ser nossa – e não do outro
– a dívida de gratidão.
Esses dois casos acarretam respostas diferentes ao agradecimento
– as chamadas “respostas obrigadas” –,
no geral, formas reduzidas da expressão completa. Vejamos
quais são elas:
- Situação 1 – As respostas
geralmente são de nada, por nada, não
há de quê. O que elas significam? Respectivamente,
“Você não fica obrigado de nada”;
“Você não fica obrigado por nada”;
“Não há nada de
que você fique obrigado”.
- Situação 2 – Normalmente, dizemos
obrigado eu, eu que agradeço e obrigado a você,
formas reduzidas, respectivamente, de “Obrigado
digo eu”, “Eu
é que agradeço a você”
e “Eu é que fico obrigado
em relação a você”.
Existem ainda expressões “neutras”, como
disponha (dos meus préstimos) e (estou)
às (suas) ordens.
Relembremos que as frases que dão margem às
respostas obrigadas flexionam-se em gênero (masculino/feminino)
e número (singular/plural) conforme quem as pronuncia:
homem (obrigado, muito obrigado), mulher (obrigada,
muito obrigada), homens ou homens e mulheres (obrigados,
muito obrigados) e somente mulheres (obrigadas, muito
obrigadas).
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