|
|
Você sabia... que os sufixos tupi-guaranis
güera, uera ou era, ao juntarem-se
a um substantivo, atribuem-lhe significado de tempo passado,
de algo que já foi ou passou? Vejamos os exemplos abaixo: |
• |
Tapera, de “taba-era”
(taba, aldeia + era) = aldeia que não
é mais, que está em ruínas. |
• |
Capoeira, de “capaum-era” [capaum
(capão), ilha de mato + era)] = mato que foi
e renasceu. |
• |
Manipuera, de “manib/manip-era”
(manib/manip, mandioca + era) = a mandioca
que já foi, ou seja, o resíduo venenoso que sobrou
da mandioca aproveitada como alimento. |
• |
Ipueira, de “ipu-era” (i,
água + era) = água que foi, ou seja,
terreno alagado pelo transbordamento dos rios, onde a água
se conserva por vários meses mesmo depois do retorno
do rio ao seu leito. |
• |
Anhangüera, de “anhana-uera”
(anhana, diabo + uera) = diabo que foi, “Diabo
Velho”. Assim os índios chamaram o bandeirante
Bartolomeu Bueno da Silva quando incendiou um pouco de aguardente
colocada num prato fazendo-a passar por água para forçar
os nativos e indicar-lhe jazidas de ouro. |
• |
Tabatingüera, de “tabatinga-uera”
(tabatinga, argila esbranquiçada como cal usada
para caiar + uera) = argila que se foi, que acabou. |
|
|
|
|