Preciosismo - É o emprego desnecessário de vocábulos de “baixa freqüência” (palavras de significado desconhecido da maioria das pessoas), arcaicos ou em língua estrangeira ou ainda qualquer forma afetada de expressão verbal. Assim, se dissermos “Outrossim, sopitados os ânimos, foi possível constatar como claudicava aquela pletora léxica da comunicação organizacional”, muito possivelmente não seremos totalmente compreendidos pela maior parte dos interlocutores. Constitui também preciosismo o abuso da ordem inversa e, na expressão oral, o linguajar próprio do padrão formal (língua escrita). Tais usos costumam parecer forçados ou artificiais no falar despreocupado do dia-a-dia, como, num bate-papo, ouvirem-se certos empregos do pronome oblíquo (Ainda não o vimos por aqui), flexões do mais-que-perfeito do indicativo (Eu ainda não entrara no Banco quando aquilo aconteceu) e, o que é pior, o uso da mesóclise, como em "Você ver-se-ia em maus lençóis se continuasse a insistir naquilo". Da mesma forma como se usa traje apropriado para cada situação social, também se use o padrão lingüístico adequado para as diferentes situações de comunicação social.

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