Nasalização
- Fenômeno pelo qual fonema oral torna-se nasal: hibernu > inverno, rana > rãa > rã, sic > sim (por analogia com “não”). As vogais nasalizam-se por influência de /m/ e /n/. Assim, o /m/ inicial às vezes nasaliza a vogal seguinte: madre > mãe, mea > mĩa > minha, mihi > mi > mim. Em posição intervocálica, /m/ também provoca o fenômeno: amiddula > amêndoa, abdome > abdômen, germe > gérmen. Da mesma forma, muitas vezes /n/ inicial nasaliza a vogal que o segue, como em nec > nem, nidu > nĩo > nio > ninho, nudu > nűu > nu. Freqüentemente, à queda do /n/ sucedeu-se a nasalização de vogal: vinu > vĩo > vinho, em que /n/ cai e nasaliza /i/ transformando-o em / ĩ /. Depois, o caráter nasal desta vogal faz surgir /ñ/ e ela desnasaliza-se. Igualmente: arena > ara > area > areia, bona > bõa > boa, luna > lűa > lua.

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