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Arcaísmo - Palavra, construção ou sentido
remanescente de estágios anteriores da língua,
em desuso no linguajar atual. O arcaísmo é modalidade
de preciosismo e, de modo geral, deve ser evitado
por causar obscuridade ao texto. Exemplos de
arcaísmos:
- Ortográficos – Francez (francês),
gráo (grau), hymno (hino).
- Morfológicos – Cidadoa (feminino
com desinência em -oa, em vez de -ã
– Cidadã), pagado (em vez de
“pago”), recebel-o (pronome oblíquo
“o” em vez de “lo” nas flexões
verbais – Recebê-lo).
- Vocabulares – Avença (“Concórdia”.
O antônimo “desavença” permanece
em uso), cáspite! (puxa! caramba!), leixar
(deixar).
- Sintáticos – Começar cantar
(começar a cantar), todos homens (todos
os homens), Joaquim vindo
de São Paulo para Barretos... (em vez de “Vindo
Joaquim de São Paulo para Barretos”...).
- Semânticos – Asinha (“depressa”.
O sentido atual é “pequena asa”), catar
(“olhar”. Sentido atual mais comum: “pegar”,
“escolher um a um”), Formidável
(“amedrontador”. O sentido atual é “excelente”,
“magnífico”).
Algumas formas arcaicas ainda resistem em falares regionais.
No Brasil, observam-se, especialmente no Nordeste, pronúncias
como fruita (fruta), malinar (verbo formado
a partir de malino, atual “maligno”), vĩo (vinho), testemunhas vivas
de usos lingüísticos de séculos atrás.
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