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Feminino de ídolo
Às vezes, as pessoas têm dúvida ao empregar
a palavra ídolo com referência a nome feminino.
Dizer "Chico Xavier é meu ídolo" é
fácil, já que "ídolo" é do
gênero masculino. O problema surge quando tal vocábulo se
relaciona com nome feminino, como "Chiquinha Gonzaga".
Como ficaria a construção? "Chiquinha Gonzaga"
é minha ídola"? Não é nada
disso. Na verdade, o substantivo "ídolo" pertence
a um só gênero, o masculino. Assim, como não
tem forma feminina, você dirá: "Milton Nascimento
é meu ídolo" ou "Sandy é meu ídolo".
Esse fato não é de surpreender, pois vários
substantivos existem que, como "ídolo", só
são empregados em um gênero e podem relacionar-se indistintamente
a nomes masculinos e femininos. A Nomenclatura Gramatical Brasileira
chama-os "sobrecomuns", dos quais são exemplos
os masculinos alvo, animal, cônjuge, indivíduo
e os femininos criança, pessoa, testemunha, vítima
e vários outros, como nos exemplos abaixo:
· O conferencista e sua esposa foram alvo
de todas as atenções.
· Esta leoa é
o único animal do zoológico que ainda não
foi vacinado.
· Meu cônjuge
chama-se Norma.
· As mulheres são
os mais sensíveis indivíduos da espécie
humana.
· Celsinho é
criança muito esperta.
· João é
pessoa imensamente estimada.
· Euclides, a
testemunha, já chegou para depor.
· O nome da vítima
é Raimundo.
Em conseqüência da evolução do grupo social, substantivos sobrecomuns
podem vir a apresentar o outro gênero. Assim, em razão do incremento
da presença feminina em cargos de chefia, o vocábulo chefe,
que tradicionalmente possuía apenas uma forma (comum de dois gêneros:
o chefe, a chefe), passou a admitir também
a feminina morfologicamente explicitada – chefa. O
mesmo ocorreu com presidente, parente e sujeito,
cujas formas do feminino já estão dicionarizadas. Em breve, isso
poderá suceder com gerente, é esperar para ver...
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