Uso da vírgula – Orações explicativas
e restritivas
Um dos vários usos da vírgula é demarcar orações subordinadas
adjetivas explicativas. Assim, a oposição presença vs. ausência
da vírgula é crucial para determinar se a oração subordinada
adjetiva é explicativa ou restritiva. Recordemos que as orações
adjetivas funcionam como qualificativos da oração principal
ou, tecnicamente, como adjuntos
adnominais. Se apenas acrescentam algum esclarecimento
ao sujeito, denominam-se explicativas. Entretanto, se o distinguem
de outro do mesmo tipo ou espécie, aí recebem o nome de restritivas.
E é aí que a vírgula exerce função das mais importantes. Vejamos
alguns exemplos: (1) “O secretário-adjunto, que foi nomeado
titular, ainda não foi empossado” e (2) “O Renato, que
trabalha aqui, não se encontra no prédio”. O que
nesses casos é pronome relativo. Observe que as vírgulas delimitam
a oração adjetiva, determinam-lhe o caráter explicativo e
correspondem às pausas que se verificam na expressão oral.
Retornemos aos exemplos anteriores para ver que com as vírgulas
fica explícito que em (1) há um só secretário-adjunto e ele
foi nomeado titular; em (2), que só há um Renato e ele trabalha
aqui. Retiremos as vírgulas das orações anteriores e veremos
que a situação se altera totalmente: (3) “O secretário-adjunto
que foi nomeado titular ainda não foi empossado” e
(4) “O Renato que trabalha aqui não se encontra no
prédio. Em (3) e (4), as orações adjetivas são restritivas,
pois distinguem o "secretário-adjunto" de outros
que não foram nomeados e o “Renato que trabalha aqui” de outro
que não trabalha. Por isso, muita atenção às vírgulas quando
estamos diante de orações subordinadas adjetivas, as introduzidas
por pronome relativo ou advérbio relativo.
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