Plural de nomes e expressões estrangeiros
De modo geral, os vocábulos e expressões estrangeiros devem,
sempre que possível, ser aportuguesados. Isto feito, será
fácil flexioná-los no plural de acordo com as regras portuguesas.
Assim, temos abdome/abdomes, buquê/buquês, carnê/carnês,
chique/chiques, chope/chopes, clipe/clipes,
clube/clubes, disquete/disquetes, germe/germes,
hambúrguer/hambúrgueres, jipe/jipes, mantô/mantôs,
saite/saites, etc.
Formas existem, entretanto, que permanecem na grafia original
ou foram ligeiramente adaptadas. Nesse caso, ao passá-las
para o plural, se não for possível aplicar as regras do português,
devemos acrescentar-lhes um “s”, a não ser que terminem em
“s” ou “z”. Exemplos: álbum/álbuns, ampère/ampères,
déficit/déficits, fórum/fóruns, iceberg/icebergs,
paella/paellas, post-scriptum/post-scriptuns,
superávit/superávits, te-déum/te-déuns, ultimatum/ultimatuns,
volt/volts, watt/watts, etc. Mas o ex-libris/os
ex-libris, o fizz/os fizz, o jazz/os jazz.
Em mapa-múndi, só o primeiro elemento flexiona-se:
mapas-múndi.
Há vocábulos estrangeiros cuja grafia se mostra difícil de
adaptar ao português e por isso devem ser pluralizados na
língua de origem, isto se o falante conhecer tal idioma. Em
caso contrário, é mais sensato procurar alguma forma portuguesa correspondente. Desse
modo, temos: lady/ladies, bijou/bijoux, bambino/bambini,
etc.
Por fim, dois casos particulares:
·
Gol (do inglês goal),
fica gols, no plural. Essa flexão, estranha ao português,
deveria ser gois
ou goles (ambos com o “o” pronunciado fechado),
mas o plural estrangeiro prevaleceu no Brasil.
·
Álcool (do árabe al kohol) faz
o plural alcoóis.
|