Dica n.º 53 - Sexta, 27.07.2001
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Verbo com função de sujeito?

Aprendemos que sujeito é o ser sobre o qual se declara alguma coisa e que essa declaração é expressa pelo predicado, do qual o verbo é o elemento mais importante. Assim, nas orações “Bruno é estudioso” e “Tiago mora em Maceió”, os sujeitos respectivos são “Bruno” e “Tiago”. Sabemos também que o sujeito pode ser constituído por uma oração inteira, classificada como subordinada substantiva subjetiva, como nestas orações assinaladas: “Se ele fará o melhor possível ainda não sabemos” e “É conveniente que você estude bastante”. Tudo bem até aí, não é? Mas e quando o sujeito é expresso por um verbo? Esquisito? Pode ser, mas o fato é que é possível, através de formas nominais como o gerúndio e o infinitivo. Exemplos: “Não comparecendo é a forma de ele protestar” e “Rir é o melhor remédio”. Não comparecendo é o sujeito de “é a forma de ele protestar” e Rir, o de “é o melhor remédio”. Comprovam-se facilmente essas afirmativas ao se fazer a pergunta ao verbo: “Qual é a forma de ele protestar?” e “Qual é o melhor remédio?”.  Não deixam de ser curiosas essas construções, nas quais o verbo expressa ação ou estado relativos a um sujeito constituído por outro verbo, ainda que este esteja em sua forma nominal.


Leia mais em:
Gramática metódica da língua portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida, §§ 943(inclusive a Observação) e 719, Notas, 3.ª. Novíssima gramática da língua portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, p. 297.

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