Verbo com função de sujeito?
Aprendemos que sujeito é o ser sobre o qual se declara alguma
coisa e que essa declaração é expressa pelo predicado, do
qual o verbo é o elemento mais importante. Assim, nas orações
“Bruno é estudioso” e “Tiago mora em Maceió”,
os sujeitos respectivos são “Bruno” e “Tiago”. Sabemos também
que o sujeito pode ser constituído por uma oração inteira,
classificada como subordinada substantiva subjetiva, como
nestas orações assinaladas: “Se ele fará o melhor possível
ainda não sabemos” e “É conveniente que você estude
bastante”. Tudo bem até aí, não é? Mas e quando o sujeito
é expresso por um verbo? Esquisito? Pode ser, mas o fato é
que é possível, através de formas nominais
como o gerúndio e o infinitivo. Exemplos: “Não comparecendo
é a forma de ele protestar” e “Rir é o melhor remédio”.
Não comparecendo é o sujeito de “é a forma de ele protestar”
e Rir, o de “é o melhor remédio”. Comprovam-se facilmente
essas afirmativas ao se fazer a pergunta ao verbo: “Qual é
a forma de ele protestar?” e “Qual é o melhor remédio?”.
Não deixam de ser curiosas essas construções, nas quais o
verbo expressa ação ou estado relativos a um sujeito constituído
por outro verbo, ainda que este esteja em sua forma nominal.
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