Escolas-modelo ou escolas-modelos?
Embora ambas possam ser consideradas corretas, a tendência
gramatical moderna prefere a segunda. A regra de formação
do plural dos substantivos compostos (os formados por mais
de um elemento) é clara: variam os componentes se ambos
são variáveis e estão separados por hífen.
Desse modo, temos:
carro-chefe - carros-chefes
couve-flor - couves-flores
secretário-geral - secretários-gerais
Alguns autores, como Celso Cunha e Domingos Cegalla, ensinam
que se o segundo elemento funciona como determinante específico
ou transmite idéia de finalidade ele permanece invariável:
pombo-correio/pombos-correio e manga-espada/mangas-espada.
Entretanto, Napoleão Mendes de Almeida (ALMEIDA, 1979,
§ 227, Notas, 1.ª) garante que "é falso
afirmar que não varia o segundo elemento quando este
encerra idéia de finalidade". E mais adiante
continua: "A extravagância vai mais longe quando
recorrem para justificar o erro ao argumento da semelhança;
porque o peixe nos lembra o boi iremos dizer peixes-boi?
Vamos então dizer couves-flor?". Cegalla,
apesar da opinião acima expressa, ressalva (CEGALLA,
2000, p. 144, item 3, Observações) que "a
tendência moderna, porém, é a de pluralizar
(...) os dois elementos: pombos-correios, peixes-bois,
frutas-pães, homens-rãs...".
Por isso, sigamos a "tendência moderna" e
empreguemos fichas-resumos, navios-escolas, cidades-satélites,
escolas-modelos, navios-tanques e assim por diante.
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